Virada, resposta imediata e decisão no fim
Dois gols em três minutos decidiram um jogaço em Budapeste. Portugal bateu a Hungria por 3-2 nesta terça (09/09) e manteve 100% de aproveitamento no Grupo F das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Cristiano Ronaldo marcou de pênalti e João Cancelo apareceu como herói no fim. Do lado húngaro, Barnabás Varga foi o nome do jogo com dois gols e muita presença de área.
O roteiro foi de jogo grande. A Hungria começou mais agressiva, ocupou o campo de ataque e colheu o prêmio aos 21 minutos: Varga se antecipou na pequena área e abriu o placar, alimentando a esperança de quebrar o jejum contra os portugueses. Portugal não se abalou. Aos 36, Bernardo Silva aproveitou a primeira construção limpa pelo corredor direito, recebeu com espaço e bateu colocado para empatar.
Na volta do intervalo, a equipe de Roberto Martínez adiantou linhas, prendeu a bola e empurrou a Hungria para trás. A virada veio aos 58: pênalti cometido após incursão portuguesa na área, e Cristiano bateu firme no canto. Clássico movimento do capitão: passos curtos, olhar no goleiro e execução precisa.
O estádio reacendeu nos minutos finais. A Hungria, empurrada por Dominik Szoboszlai, voltou a pressionar e achou o 2-2 aos 84, outra vez com Varga, clínico no toque de primeira. Mal deu tempo para comemorar. Dois minutos depois, aos 86, João Cancelo apareceu pelo lado oposto, atacou o espaço e, com a perna dominante, finalizou cruzado para matar o jogo.
Resumo do drama? Eficiência. Portugal converteu seus melhores momentos em gols. A Hungria teve volume, especialmente em bolas laterais e segundas jogadas, mas sofreu quando precisou defender a área diante de cruzamentos invertidos e trocas rápidas de lado.
- 21' — Barnabás Varga (HUN) 1-0
- 36' — Bernardo Silva (POR) 1-1
- 58' — Cristiano Ronaldo (POR), de pênalti, 1-2
- 84' — Barnabás Varga (HUN) 2-2
- 86' — João Cancelo (POR) 2-3
Entre os duelos individuais, Bernardo e Cancelo foram chaves no lado direito português, alternando quem dava amplitude e quem atacava por dentro. Do outro lado, Szoboszlai tentou acelerar com passes verticais, e Varga venceu disputas no miolo da defesa, especialmente quando recebeu cruzamentos atacando o primeiro pau.
O detalhe que pesou: a gestão de momentos. Após o 2-2, Portugal retomou a posse, esfriou o jogo e armou a jogada fatal com paciência — sem rifar a bola. Essa maturidade explica por que a seleção visita difíceis e volta com pontos.
Tabela, destaques e o que vem pela frente
Com a vitória, Portugal chega a 6 pontos em dois jogos e lidera o Grupo F com folga neste início. A Hungria, apesar da atuação competitiva, segue sem pontuar e terá de reagir na próxima janela para não se complicar cedo demais na corrida por uma vaga no Mundial.
Destaques individuais:
- Cristiano Ronaldo — converteu o pênalti e foi referência em bolas altas e ataques ao espaço, atraindo marcadores e abrindo corredor para os meias.
- Bernardo Silva — cérebro do setor criativo, leu bem as costas do lateral e escolheu sempre o passe mais limpo.
- João Cancelo — apareceu como elemento surpresa para decidir. Timing perfeito na chegada à área.
- Barnabás Varga — oportunismo puro. Dois toques, dois gols e um duelo físico forte com os zagueiros portugueses.
- Dominik Szoboszlai — liderança técnica húngara, alternando conduções curtas e inversões para acelerar a equipe.
Do ponto de vista coletivo, Portugal ajustou a marcação por zona nas bolas paradas depois do gol sofrido, ganhou segundas bolas e controlou a faixa central. A Hungria foi perigosa quando recuperou alto e quando carregou a jogada para a linha de fundo, mas pagou caro pelos espaços deixados entre zagueiros e volantes na transição defensiva.
Para quem perdeu, a partida foi transmitida ao vivo por emissoras esportivas, e os melhores momentos já circulam em plataformas de vídeo e nos canais oficiais das seleções. Vale rever: o ritmo foi alto, o nível técnico também.
O calendário das Eliminatórias segue na próxima data Fifa. Portugal tenta manter a série perfeita e consolidar a liderança com mais uma vitória. A Hungria precisa transformar competitividade em pontos — tem elenco, tem ideia de jogo, mas precisa ser mais fria na hora de defender a própria área.
Em tempo: este Hungria x Portugal entrega algumas chaves para os próximos compromissos. Portugal se sente confortável quando dita o ritmo e ataca com laterais por dentro; a Hungria rende quando antecipa a marcação e acelera depois da recuperação. Quem fizer isso por mais tempo, vence.
setembro 10 2025 0
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