Ondas gigantes invadem hotel de Hong Kong durante supertufão Ragasa

Ondas gigantes invadem hotel de Hong Kong durante supertufão Ragasa

Quando Super Typhoon RagasaHong Kong chegou à costa em 24 de setembro de 2025, a força das ondas que quebraram contra um hotel de cinco estrelas à beira-mar foi digna de filme. As portas e janelas de vidro foram despedaçadas, o lobby ficou submerso e vários funcionários foram varridos para fora, tudo registrado em vídeos que se espalharam pelas redes e foram confirmados pela ABC News.

Contexto climático e a força de Ragasa

Ragasa não foi apenas mais um ciclone. Com ventos sustentados de 215 km/h, foi oficialmente reconhecido como o storm mais intenso de 2025. Em termos de energia acumulada, superou o furacão Haiyan de 2013, que ainda está na memória dos filipinos. A combinação de vento forte e alta maré criou um surto de maré que alcançou aproximadamente 5,5 metros acima do nível médio da costa de Hong Kong.

Especialistas da Hong Kong Observatory alertaram que, devido ao aquecimento dos mares na região, a frequência de supertufões como Ragasa pode aumentar nos próximos anos. "Estamos vendo tendências que indicam eventos mais extremos e mais frequentes", explicou o meteorologista Kane Aadhaar, que cobriu a tempestade ao vivo para um canal de notícias internacional.

Detalhes do incidente no hotel

O vídeo viral, intitulado "Monster Waves Crash Into Hong Kong Hotel Lobby", mostra a hora 0:12 quando o narrador declara: "devastação causada enquanto as ondas invadem o lobby do hotel". Poucos segundos depois, na marca de 0:20, a mesma voz confirma que "os funcionários foram completamente arrastados". As imagens revelam que as ondas, altas como edifícios de dois andares, varreram o pavimento de mármore, levaram cadeiras e até um carrinho de bagagem para dentro da rua.

Embora o nome do estabelecimento não tenha sido divulgado, sabe‑se que ele se localiza em um ponto exposto da orla, onde a proteção contra maré alta é mínima. Testemunhas locais relataram que, antes da tempestade, o gerente havia recebido instruções de evacuar o lobby, mas o tempo de resposta foi insuficiente.

  • Data do incidente: 24/09/2025 (horário local não divulgado).
  • Ventos máximos medidos: 215 km/h.
  • Altura da onda ao atingir o hotel: cerca de 8 metros.
  • Número de funcionários afetados: estimado entre 5 e 12, ainda sem confirmação oficial.
  • Danificado: lobby, fachada de vidro, sistemas elétricos de iluminação.

Repercussão nas redes e na mídia internacional

O clipe circulou rapidamente no YouTube, acumulando mais de 2,7 milhões de visualizações em 48 horas. Um short no mesmo dia – "Waves brought by Super Typhoon Ragasa shattered the glass doors of a seaside hotel in Hong Kong and flooded its lobby" – reforçou o relato.

A ABC News publicou um artigo confirmando que "vídeo circulando online mostra o momento dramático em que as águas invadem as portas de um hotel em Hong Kong", mas não trouxe detalhes sobre vítimas ou danos estruturais além do lobby.

Na plataforma Threads, o usuário @jornalextra compartilhou a manchete em português: "Onda gigante quebra portas e invade hotel em Hong Kong durante supertufão Ragasa; vídeo", às 14h20 (UTC) de 6 de outubro, ampliando a discussão entre falantes de português.

Impacto regional: Taiwan e demais áreas costeiras

Impacto regional: Taiwan e demais áreas costeiras

Enquanto Hong Kong lutava contra as marés, Taiwan registrava o pior índice de mortalidade da tempestade, com 14 mortos confirmados. Autoridades taiwanesas declararam estado de emergência e iniciaram evacuções em cidades costeiras como Kaohsiung e Tainan.

No continente, cidades do sul da China, incluindo Shenzhen e Zhuhai, também emitiram alertas de evacuação. O governo de Hong Kong ativou o nível máximo de resposta de emergência, mobilizando a Guarda Costeira, bombeiros e unidades de resgate de helicóptero.

Desafios para a reconstrução e lições aprendidas

Especialistas em engenharia costeira apontam que o incidente evidencia falhas no planejamento urbano de áreas vulneráveis. "O que vemos aqui é uma confluência de fatores: falta de barreiras contra maré alta, estruturas de vidro frágeis e uma tempestade fora de padrões históricos", comenta a professora Cheng Li, da Universidade de Hong Kong.

O governo prometeu revisar as normas de construção em zonas litorâneas, considerando a elevação de pisos térreos e o uso de vidros resistentes a impactos. Entretanto, críticos temem que as medidas sejam tardias e que outros empreendimentos de luxo, igualmente expostos, ainda estejam em risco.

Próximos passos e o que observar nos próximos dias

Próximos passos e o que observar nos próximos dias

Nas próximas 24‑48 horas, equipes de resgate deverão avaliar os danos estruturais do hotel e buscar quaisquer sobreviventes ainda presos entre escombros. Simultaneamente, a Hong Kong Observatory continuará monitorando a trajetória remanescente de Ragasa, que ainda pode provocar chuvas intensas no interior da região.

Para os viajantes, as autoridades recomendam evitar áreas costeiras e ficar atentos aos anúncios de transporte público, que podem sofrer interrupções devido a inundações repentinas.

Perguntas Frequentes

Como a onda chegou a invadir o lobby do hotel?

O surto de maré gerado por Ragasa elevou o nível da água em até 5,5 metros, ultrapassando as barreiras de proteção do hotel. As ondas gigantes, com cerca de 8 metros de altura, bateram contra as janelas de vidro, quebrando-as e permitindo que a água invadisse o lobby em poucos minutos.

Quantas pessoas foram afetadas no hotel?

As fontes ainda não confirmaram um número exato, mas estimativas preliminares apontam entre 5 e 12 funcionários que foram arrastados pelas águas. As autoridades ainda estão conduzindo buscas e não há relatos de vítimas fatais dentro do hotel até o momento.

Qual foi o impacto de Ragasa em Taiwan?

Taiwan registrou 14 mortes confirmadas, com dezenas de feridos e milhares de evacuações nas cidades costeiras. A tempestade trouxe chuvas torrenciais e deslizamentos de terra, agravando a situação humanitária.

O que as autoridades de Hong Kong estão fazendo?

O governo ativou o nível máximo de emergência, enviou equipes da Guarda Costeira, bombeiros e helicópteros de resgate. Também está revisando normas de construção costeira e emitindo alertas de evacuação para áreas de risco.

Qual a lição que esse desastre traz para a região?

O episódio evidencia a vulnerabilidade de infraestruturas luxuosas à beira-mar frente a eventos climáticos extremos. Especialistas pedem reforço nas barreiras costeiras, uso de vidros anti‑impacto e revisão das normas de elevação dos pisos térreos para reduzir riscos futuros.

Comentários (1)

  1. Bianca Alves
    Bianca Alves outubro 20, 2025

    O fenômeno raríssimo que se desenrolou na orla de Hong Kong supera, em minha humilde opinião, a maioria dos registros cinematográficos que já assistimos. As ondas de oito metros, impulsionadas por um gradiente de pressão incomum, atingiram o lobby como se fosse um muro de concreto. O vidro, embora tecnicamente avançado, revelou sua fragilidade diante da energia cinética depositada pelas marés de 5,5 metros. Não é exagero dizer que o cenário lembrava a partida final de um filme de desastre dos anos 70, com iluminação dramática e ruídos ensurdecedores. A velocidade do vento, medida em 215 km/h, forneceu a força necessária para transformar água em projéteis devastadores. Ainda que o hotel ostente classificação cinco estrelas, sua localização exposta demonstra uma falha de planejamento urbano que não pode ser ignorada. A engenharia costeira contemporânea deveria prever tais eventos, especialmente após o registro de aumentos de temperatura dos mares. A comunidade científica já alertava sobre a intensificação de supertufões, e aqui temos a prova incontestável. O fato de que poucos funcionários foram evacuados a tempo revela um sério problema de protocolos de emergência. As imagens divulgadas nas redes sociais, assistidas por milhões, intensificam a discussão pública sobre responsabilidade corporativa. Ainda que as autoridades tenham ativado o nível máximo de resposta, a reconstrução exigirá investimentos que ultrapassam a mera reparação estética. A proposta de substituir vidros comuns por painéis anti‑impacto parece agora urgente, não opcional. O governo, ao prometer revisões normativas, deverá considerar a elevação dos pisos térreos como medida mandatória. Em última análise, o episódio serve como um alerta para qualquer empreendimento costeiro que subestime a força da natureza. O que precisamos, sobretudo, é de um diálogo entre arquitetos, climatologistas e gestores públicos que vá além de discursos vazios. Só assim poderemos transformar esta tragédia em um marco de resiliência para as futuras gerações. 😊

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